Letters

13/05/1941

Ela recebeu a primeira carta, a carta mais esperada de todas. Aquela carta era mais importante que qualquer outra coisa, ali dentro daquela carta avia uma vida. Quando ela abriu a carta viu aquela caligrafia perfeita, leve, como se a caneta tivesse flutuando na hora de escrever aquela carta.

"Querida Jane. 
As nossas tropas já saíram em direção às tropas inimigas, mais isso não importa dizer. Nem um segundo eu paro de pensar em você, aposto que o sol ai na praia está brilhando forte. Muitas vezes bate a tristeza no peito, mais então eu me lembro de você, do seu rosto de boneca, do seu cabelo dançando com o vento, dos seus olhos cor de mel, do seu sorriso perfeito. Me lembro de nós dois sentados na varanda de casa olhando o mar, sentindo o cheiro de maresia, nós dois olhando as gaivotas ou apenas eu olhando para você enquanto você nem percebia. 
Estou escrevendo essa carta de rabiscos e besteiras, olhando as estrelas no céu. Aposto que de noite você também fica olhando, aquelas pequenas coisas no céu brilhando. 
Agora vou me deitar pensando em você e quem sabe Deus será bom e fará eu sonhar com você.
Com amor Peter."


Aquela carta avia lhe dado um conforto maravilhoso, ela sabia que seu amado Peter está em segurança. Jane se lembrava quando eles compraram aquela casa na praia, é a unica casa pelo bairro a mais proxima ficava a 10 quilômetros. Mais era disso que eles gostavam, gostavam de ser apenas eles dois e mais ninguém.
Peter e Jane se conheceram na escola, desde então nunca mais se separaram. Um era feito para o outro, eles eram aquilo que muitos chamam de alma gêmea. Para Jane olhar para Peter era como uma droga, uma droga boa a melhor de se tomar.
...

4 anos se passaram, Jane agora estava voltando de Nova York aonde trabalhou de enfermeira. Mais nesses 4 anos lá, escreveu tanto para Peter e ele nunca mais avia respondido.  Já não tinha mais duvidas, Peter avia morrido, a guerra já estava no fim os Estados Unidos conseguiram isso era bom. Mais e Peter? Ele apenas  mandou  uma carta para ela, nunca mais mandou nem uma. Apenas uma carta? Mais a tropa iria mandar algo avisando que ele avia morrido. Ou não iria?
O que custava mandar apenas mais um carta? Pro que Peter fez isso com ela? Será que ela para ela não sofrer? Mais do que adiantaria, se essa angustia e medo está doendo mais do que uma estaca no peito de um guerreiro.

Jane abriu a porta de sua casa e sentiu seu pé pisando em algo, quando olhou para baixo avia uma carta. Era um cara de Peter essa era de 20/7/41... Mais então ela olhou e avia mais cartas, avia um caminho feio de cartas, ali avia mais de cinqüenta cartas. Ela ia entrando em sua casa e pegando carta pro carta, ia lendo todas, uma carta mais linda que a outra. Cada carta avia o cheiro de Peter, avia a vida dele ali dentro.
Mais então chegou a ultima carta, será que era a carta da tropa? Jane pegou a carta com calma, e a abriu com calma e lá avia.

"Olhando o mar é o que eu vou fazer. 
Cheguei meu amor!"


Jane nem pesou duas vezes, largou tudo e fui sentido a varanda da casa. E foi quando saiu, viu de costas um homem alto, de cabelos louros curtos, usando bermuda e uma camiseta polo. Ele estava descalça, olhando fixamente para o mar, o dia estava nublado mais eras o melhor dia da vida de Jane. 
- Peter! - gritou e ele se virou. O coração dos dois começou a bater como jamais bateram, Peter uma alegria enorme assim como Jane que correu até ele e pulou em seus braços. 
Quando suas bocas se tocaram foi a melhor sensação de todas, depois de anos eles se reencontraram. 

Peter depois explicou que quando chegou em casa, não avia ninguém. E as cartas que mandou chegaram atrasadas e ela já estava em Nova York. Só não mandou para Nova York, pro que as tropas não podiam mandar para os lugares com muitos refugiados. 
Mais o que importava é que tudo avia acabado, e agora eles estavam em fim juntos para sempre.

Viu, final feliz existe!